Quanto mais o tempo passa, mais aumenta a vontade
De deixar esta cidade e voltar pro interior
No lugar de fumaceira, desta vida agitada
Vou andar pela invernada e sentir cheiro de flor
É isso que vou fazer, não estou mais indeciso
Volto a viver no mato, meu sítio, meu paraíso
De manhã quando levanto, não me levanto sozinho
Pois escuto os passarinhos, alegrando a madrugada
Feliz vou lá pro curral, recolho as vacas leiteiras
Eu adoro a barulheira do mugir da bezerrada
É isso que vou fazer, não estou mais indeciso
Volto a viver no mato, meu sítio, meu paraíso
Quando é de tardezinha, pego a tralha de pescar
Com a matula no embornal, eu vou lá pro ribeirão
Jogo farelo no poço, a peixarada se assanha
E eu que conheço a manha pego peixe de montão
É isso que vou fazer, não estou mais indeciso
Volto a viver no mato, meu sítio, meu paraíso
Aos domingos lá no sítio é daqui bem diferente
A gente passa contente, rodeado de amigos
Pescando e jogando malha, oh! quanta felicidade
É por isso que a saudade até hoje está comigo