Dias de chuvas, rajadas sobre o mar
Manhã escura, chove sem parar
Como sair se estou ilhado
Sem ter a que chamar, sem ter aonde ir
Sentindo como um naufrago
Sem ter porque chorar, sem ter porque sorrir
De que valeria uma lágrima, em meio a
Toda agua desse temporal
Seria uma lástima,
Chorar sob uma chuva assim torrencial.
Por que conter irrefletidamente as mágoas
Como aguas fétidas de um lamaçal,
Se elas podem escorrer lançadas simplesmente
Como fértil manancial
Na aridez desértica da dor do desamor,
Germinaria então um dia vistosa e virtuosa flor
Por que lutar contra a suprema e imperiosa
Força da natureza sem se atentar a cada momento
Extrema delicada e majestosa beleza de seu
Vital movimento ha algo de intensamente belo
Nesse temporal o olhar vagueia e fita a furia
Da tormenta tropical
O mar bravio que se agita pra depois certamente
Se acalmar o coração palpita e fica esperando a torrente
Da paixao passar.
Dias de chuvas,rajadas sobre o mar
Manhã escura, chove sem parar
Como sair se estou ilhado
Sem ter a que chamar, sem ter aonde ir
Sentindo como um naufrago
Sem ter porque chorar, sem ter porque sorrir
De que valeria uma lagrima em meio a
Toda agua desse temporal
Seria uma lastima chorar sob uma chuva
Assim torrencial.
Somos ilhas flutuantes num oceano em constante
Astros que se atraem e se repelem num universo
Cintilante vidas efemeras, semente de estrelas
Há um mundo mais sutil e mais belo onde nossas
Almas viajantes poderao um dia finalmente aportar
O amor é e será eternamente o unico elo a nos aproximar.