O mundo que levo por diante não mostra sorriso na cara que tem
É o mundo de tropa e de campo, de lombo sovado, dos pialos que vem
Eu pecho esse mundo de frente afiando minhas garras pro mal e pro bem
Mas também sei sonhar nos sonhos de um certo alguém
Um mundo com rincho de potro, tinidos de espora e revolução
O mundo que preza a bandeira, que fez a fronteira com sangue no chão
Eu sou guardião desse mundo, de alma guerreira e rédea na mão
Mas me pilcho de paz, quando ponteio um violão
Sou gaúcho de rédeas na mão
Sou gaúcho ponteando um violão
Neste mundo de Deus
Sempre fiel ao meu chão
Sou gaúcho de laço e canção
Sou gaúcho peleia e paixão
Neste mundo que é meu
Gaúcho é meu coração
O peito com jeito de pedra, de cerca farrapa, de flecha certeira
Na lida mostrei o destino pra muito malino sem eira nem beira
A adaga desenha a desgraça pra alguém que me faça perder a estribeira
Mas me amanso ao mirar, um certo olhar na boieira
As rédeas que trago bem curtas evitam que o tempo dispare de mim
A vida me atora de bala e cada balaço não é de festim
Eu sou garantido e sustento meu rumo e meu jeito gaúcho até o fim
Mas sou pura emoção, se meu amor diz que sim
Sou gaúcho de rédeas na mão
Sou gaúcho ponteando um violão
Neste mundo de Deus
Sempre fiel ao meu chão
Sou gaúcho de laço e canção
Sou gaúcho peleia e paixão
Neste mundo que é meu
Gaúcho é meu coração