Tô saturado de promissores e falsos pastores.
Prefiro meu baseado, meus coloridos cheio de cores.
Odores mixados e acentuados faros.
Já não aguento mais comer esse nojo misturado (caralho).
Opressores filhos-da-puta, ocultos na mentira sujismunda.
Vagabunda pede tapa, é havaiana na bunda.
Absurda a falsidade que lhe mantém omisso.
Legaliza Brasil, que vira paraíso, o Rio lindo...
... e até bonito, quase já poluído.
Nada é infinito e o perigo é que estamos decaindo.
Rastafarianismo, como proposta para um mundo melhor.
Onde pessoas não fazem passinho no trance e nem rebolam escutando forró.
Mas se é piranha na cama, que explana, só não diz que ama.
Se não a vingança, é tu de janta e na bunda o tapa de havaiana.
Se for piranha, mas se for de fé, estamos juntos até o final.
Naquela de nariz empinado eu dei surra com o pau.
Marginal pra alguns e retardado pra outros.
Os que me entendem? Poucos, e são alucinados e loucos.
Frouxo toma bomba com problema de auto-estima
E rebola o cu escutando som com mulher vira canja de galinha.
Nova mania, moda predomina e aliena.
De tanta TV que tu assistiu ontem, tu acordou com uma antena.
Na cabeça, na cabeça, na cabeça, sua besta.
Foda-se a cidade, foda-se a sociedade.
ConeCrewDiretoria, inovando o Kamikaze Rastafari.
Foda-se você, foda-se a tv.
Religião do foda-se, mandando o mundo se fuder.
Eu sei que mais UTI's deformadas.
Nos levando nessa estrada em que nunca ganhamos nada.
Árdua viagem que triste que contradizem.
Ácida vertigem, foda-se a batalha e foda-se as CPI's.
Foda-se se o Mengo ninguém pára.
Foda-se se o Vasco é vice.
Foda-se se eu to na Lapa fumando haxixe.
Mas não foda-se se foda-se um mendigo embaixo da marquise.
Tive pensamentos bons, bons sonhos que me levaram.
Aos verdadeiros cânticos dos anjos.
Irmãos livres por tentar fazer felizes pelos seus narizes.
Mas a porra da vitória não consiste.
Em dinheiro, isso não é o poder.
E pare para ver, lute pra sobreviver.
Tomando esporro, corro louco sem neurose pro coco.
A tinta boa pro prédio, Tiaguinho sabe quem é o preto fosco.
Fumando o kunk com um bom funk no alto-falante.
Rany Money representa o Recreio dos Traficantes...
Opa, Bandeirantes, se eles tão de tanque querendo o meu sangue.
Com os dreadlocks dou pinote pro calote antes.
Se no buzão ta explanado o meu semblante.
Eu carrego no peito a legalização das vans.
Mães, ensinando seus filhos: fiquem longe do perigo.
Que se encontra num louco perdido tiro.
Seja num espelho do isqueiro da roleta.
Perdidos na escuridão, surge o clarão da escopeta.
Foda-se a sociedade inteira.
Quem ta com fome é quem devia estar de cara feia.
Rap, não vem de minha mente, vem de minha alma.
Eu sei que lá em cima Jah me viu lutando pela causa.
A cada momento que passa, humanidade se distância aos poucos.
Já é cada um por si e Deus por todos.
O cara chegou de cara, eu solto fumaça na cara.
Tá na cara que tua rima é fraca.
Ô mala, pára, fala, para, rala pra casa de maca, vai dar uma estudada.
Porque pra fazer hip-hop tem que ter levada.
A faca rasga a carne, mata, a bala fura a rapa.
Mas não apaga a baga e nada trava a fala que estraçalha.
Faça tudo que lhe agrada, pois a vida é uma desgraça.
E na batalha, a felicidade é o que salva.
Uma bongada, uma baldada, paulada na lata.
Tu queima a mata enquanto um outro ser, cogumelos cata.
Mas tua farda é fraca, não aguenta o poder da palavra.
Enquanto tu maltrata, outro aparta tua mamata.
Descarta a carta, embaralha sua conversa fiada.
Dei uma canelada no gato preto debaixo da escada.
Foda-se a cidade, foda-se a sociedade.
ConeCrewDiretoria, inovando o Kamikaze Rastafari.
Foda-se você, foda-se a TV.
Religião do foda-se, mandando o mundo se foder.
A veia no meu sangue pulsa ultra violeta.
Curta a viagem que bate e rebate na cabeça.
Ceia na teia da aranha que destonteia sua janta.
Um exército de insanos preparados pra matança.
Mas eu sei que não é o verdadeiro samba na novela.
E o porquê de tu ser tão magrela, ta escrito na tua testa.
PM animal, me joga na cela.
Parece o Cabal, mas to achando que é sequela.
E representa o plin-plin.
Na tela.
Eu quero é mais din-din.
Mulheres belas.
Cultura hip-hop, pode deixar que é comigo.
Mas em troca, cumpade, eu vou querer alguns rabiscos.
Pois rabisco todo dia, do dia até a noite.
Da noite até o dia, nem lembro que dia é hoje.
Nem lembro o que eu represento, nem lembro o que eu faço mermo.
Nem lembro como é que se faz a porra dos meus versos.
Nem lembro como se aperta um simples baseado.
Mas tem notas de cem de canudos ali ao lado.
Saia do meu lado antes que eu me distraia.
Metido a ídolo da galera, passou a motivo de piada.
Na cara dos camarada tá estampada a pose falsa.
E se tu for chegar na praça a galera avista e apaga a baga.
Que é do Bengala, na área até tá cara.
Vem parecendo uma puta de rap fantasiada.
Se se misturar com a rapa, é claro, é pra levar porrada.
Pois nós somos rastafaris, mas a paciência não é comprada.
E ao contrário de sua laia, de shortinho e mini-saia.
Vem cantando rap que mais parece a boca da garrafa.
Então se a rua ta clara e a luz da lua exala.
Inspiração para a criação necessária.
Rio de Janeiro é minha área.
É censurado, todos sabem que é preta a tarja.
E se na vida nada é de graça, eu passo um cheque pra desgraça.
Pré-datado pra lá de dois mil e caralhada.
Foda-se a cidade, foda-se a sociedade.
ConeCrewDiretoria, inovando o Kamikaze Rastafari.
Foda-se você, foda-se a TV.
Religião do foda-se, mandando o mundo se foder