Caboclo ligeiro, valente cismado, tostado do sol
Que és destro na flecha, no tiro, no laço,
Na rede, no anzol
Caboclo que avanças na curva enganosa dos igarapés
Que as onças ferozes brincando intimidas
Caboclo, quem és?
Caboclo que em cima de frágil jangada por mares além
Navegas cantando saudades profundas dos olhos de alguém
Caboclo que afrontas dos mares bravios o duro revés
Caboclo valente suspira o teu nome
Caboclo, quem és?
Caboclo que em plena coxia distante dos pagos ao luar
Te soltas no lombo de um potro rebelde risonho a cantar
Que danças o samba, batido ao compasso de teus próprios pés
Caboclo, responde teu nome ligeiro
Caboclo, quem és?
E o forte caboclo fitando o horizonte responde viril
Meu nome é o mais belo dos nomes do mundo
Meu nome é Brasil